sexta-feira, setembro 29, 2006

Ah esses caminhos...



Ah...esses caminhos, essas etapas da vida...
Que coisa boa perceber que podemos aprender, partilhar, somar sempre!
Não há nenhum mal nisso e, ao contrário, é um exercício necessário para o bem viver...
Relembrar épocas, lugares, pessoas queridas, experiências vividas...
Quanto teríamos para contar?
Não tenha medo de dizer o que sente, lembrar de alguém, sentir saudade...
Não tema voltar atrás numa decisão, pedir desculpas e reconhecer o erro ou arrependimento.
Estamos aqui aprendendo, exercitando a tolerância, superando limites, mas também queremos e podemos nos melhorar, aproveitar ao máximo esse momento, adiando a volta pra casa, ficando mais um pouquinho naquela festa, lendo um livro até mais tarde...
Desfrutar o prazer de uma trilha, ar puro, paisagem que renova, olhos abertos para um novo horizonte...
É como sentir o prazer de começar uma nova atividade que nos inspire a sorrir, deixar o corpo se sentir livre, permitindo-se explorar o que jamais foi visto...
Quando resgatamos esses momentos recobramos à memória e voltamos à infância, deixando a inocência de menina sentir o perfume de uma flor ou a estripulia de moleque se aventurar nas montanhas, rumo aos céus...
Tempo bom é o presente, que consegue transformar a vida sem que para isso seja apagada a nossa história, o nosso passado e ainda nos permite querer algo bom para o futuro que se aproxima...
Relembre, queira mais da vida e permita, tudo seja possível nesse instante!
Pode ser que amanhã seja importante ter o que contar, alguém para lembrar, sonhos pra realizar...Então, viva!


Juliana Amorim - final de Setembro de 2006.

sexta-feira, setembro 01, 2006


Tempestade solidária...
Se a chuva cair, deixe-a molhar os seus cabelos, seus sapatos, suas botas, suas meias... Dê risada, se o seu guarda-chuva quebrar com a força da ventania, afinal, pra tudo se dá um jeito! A gente se molha agora, depois tá seco! Sinta a brisa despenteando os seus cabelos que há horas atrás você passou um tempão penteando, ajeitando do seu modo...É o modo dele, o vento, nos tocar, dar um abraço talvez... Deixe o sol tocar a sua pele, fazer você transpirar de calor, porque esse tipo de sensação é necessária e tão importante quanto outros momentos em que o suor prevalece, movido por emoções mais fortes... Permita-se usar uma roupa emprestada, brinque com os óculos do seu pai ou avó, ria de si mesmo ao sair de chinelos, arrastando a alegria com você! Coloque-se agora no lugar de quem não pode ir muito além, mas consegue chegar ou simplesmente estar lá. Tem gente que vê a chuva cair e tem medo, fica apreensivo, distraindo as crianças do convívio, para não se deixar levar pela sensação de impotência, tendo que viver num barraco, emcima de palafitas. Alguns não tem onde se abrigar, escapam por pouco tempo, embaixo das marquizes e viadutos, esperando a hora de dormir. E pior que a roupa vai demorar pra secar...Nada mal, pra quem não pode escovar os dentes, passar um perfume, pentear os cabelos... O sol nasceu pra todos, mas nem sempre podemos sentir o seu brilho da mesma maneira, apreciando a bela paisagem... O belo momento para uns é muitas vezes uma reflexão solitária para outros...Alegria na expressão daqueles que mais precisam, é receber uma roupa velha, um prato de comida, um chinelo usado pra andar muito e sempre. Não se pode parar, mesmo que não exista um rumo certo. Certo mesmo é saber que, em alguns momentos, tempestades da vida nos afligem, incomodam, perturbam o humor. Mas nessas horas, pensando juntos, podemos compreender que há muito mais coisas importantes nessa vida e que nem tudo que nos parece ruim, é verdadeiramente um mal comum. Somos privilegiados e seremos muito mais, quando percebermos que podemos ajudar a simplificar as coisas...Que a chuva nos brinde com a capacidade solidária de agir e sentir o mundo mais "próximo"...
Juliana Amorim - Bom setembro pra vocês! Amorim.


O meu querer...
Hoje, o meu querer é pra você, que sabe entender as mensagens da vida, busca superar-se, crê em algo maior, dias melhores, esperanças que não morrem. O meu querer é bem viver, estar em sintonia com tudo o que realizo, com todos que da vida participo, somar, crescer, unir e reunir tudo, para concluir a obra da vida. Obreiros da vida, sintam-se tocados pela alegria de estar vivendo esse momento, porque o hoje já não nos pertence mais e o amanhã só brilhará, se tivermos o direito de seguir em frente, mais uma vez. Percebam a importância de cada atitude tomada, cada decisão acertada ou errada, cada instante que lhe fugiu das mãos. Que essa glória de viver seja mesmo o seu bem querer, a construção do amanhã iluminado, a sensação maravilhosa de não simplesmente estar, mas acima de tudo, ser! Tenham todos um grande dia, uma imensa noite e um gigante amanhã!
Juliana Amorim - 01 de Setembro de 2006.