sexta-feira, abril 27, 2007

Carta de amor




Quando me pego em silêncio ou envolvida na multidão, percebo que o meu olhar, meus pensamentos se perdem, sem que eu compreenda o porquê, de tudo isso...



Tento me encontrar com a normalidade, com a rotina, com os hábitos adquiridos, mas me falta alguma coisa.



Falta a hora pra chegar, o ter em quem pensar, ter também esse alguém a me esperar, querer, desejar...



Me falta aquela rotina do amor, aquela ansiedade do reencontro, aquele telefonema pela manhã ou a qualquer hora do dia...

Me falta aquela voz suave e linda que me falava tantas coisas corriqueiras, me contando como foi seu dia...

Aquela voz que por vezes se perdia em comentários engraçados ou relatava os momentos mais tristes...

Me falta aquele prazer de ouvir o que alguém queria me dizer ou precisava desabafar...


Me falta a hora da chegada e a hora da partida.


Me falta aquele jeito divertido, querendo me seduzir, com aquela doce e querida presença e um pouco da brutalidade dos trejeitos, um tanto aloucados, pelo cansaço de um dia cheio...


Me falta a mão suave, a carícia bem colocada sem ser escolhida, aquele beijo e sua boca maravilhosa, embebecida pela cumplicidade de nós dois...


Me faltam o prazer e a intensidade, faltam os planos, os passeios a dois, as viagens, família reunida, os amigos compartilhados, os cuidados, as conversas, os olhos buscando a minha imagem, querendo apenas o meu prazer...
Me faltam o amor, o cheiro, o gosto...

Me faltam o susurro, o adormecer, o café da manhã, a comida bem repartida, as guloseimas e todas as bobagens que fazíamos juntos...


Me faltam manhãs, tardes... São dias e noites em que me faltam as forças, me faltam os pés, me falta a esperança.


E me faz falta um carinho seu, me falta você...


Mas me sobra a saudade, o desejo e os sonhos, imaginando que um dia poderei ser o seu amor sincero, o desejo mais puro, o verdadeiro cuidado e sentimento que você terá na vida, mesmo que eu me alimente dessa utopia...


Quisera eu pudesse ser apenas a certeza que você sempre buscou para si... Talvez lhe falte um verdadeiro amor...


Dizer eu te amo? Me faltam palavras, me sobram lágrimas...



Por Juliana Amorim - composta em 2003.


"Muitos me perguntam se tudo o que escrevo é realmente algo que vivi, experimentei, amargurei, sofri ou desfrutei com intensidade!

Mas, na realidade, o ato de escrever, compor uma crônica, poesia, um idéia, não quer dizer que ambas estejam ligadas diretamente à vida do seu autor.

Eu por exemplo, vivi realmente parte das inspirações que postei pela vida, até os dias de hoje, mas entendi que era preciso compreender o próximo, fazer uma parceria com a vida alheia e dividir dores, compreender a razão de alguns amores, alegrias, para relatar também, alguns momentos tristes de solidão.

Essa carta é algo que pode ser direcionado a qualquer pessoa que tenha vivido uma relação de amor, amizade, parceria, guardando assim, boas lembranças, intensificando tudo em palavras que ficaram apenas na memória.

Então, por tudo isso, resolvi escrever, compor algo especial, direcionado ao amor de alguém, uma saudade, uma história que nunca teve fim, porque a esperança não morre, ela eterniza algumas emoções..." (J.A.)


Diante do céu



É madrugada, estou triste porque a escuridão me faz companhia.

E quando falo com a lua que me observa à distância, sinto saudade da infância, do tempo em que era apenas uma menina.

Sonho contigo agora, tempo ou destino que me deixou abandonada, caminhando pela estrada tortuosa, nessa era majestosa, de beleza futurística...

Passo o tempo analítica, querendo refletir, tentando enxergar na escuridão, um novo mundo ou um momento de desatino...

Complexa, perplexa, anexa aos valores ultrapassados, me sustento com o desprezo da Lua, sentada comigo, diante do céu...
Por Juliana Amorim - 2002

Versos ocultos


Estou escondida dentro de um quarto, guardando para o mundo, toda a minha poesia.
Estou timidamente demente, enlouquecida pela modéstia oculta, sedenta, observando apenas pelas frestas...
Em nossos mundos ocultos, existem as mais belas preciosidades e por tamanha curiosidade deixamos de lado a verdade...
Vivemos anônimos, cheios de sonhos e desejos, fantasias encontradas em lugarejos, onde fala mais alto a imaginação...
Tenho sonhos... Quero levar ao mundo uma leitura nova sobre a vida, onde a poesia seja a justiça e tenhamos assim, direitos de preservar a imagem do amor...
Por Juliana Amorim

Vim buscar você...


Vim buscar você e tentar preencher tua vida e todo o teu querer...
Vim me entregar aos teus anseios, lançar meu corpo ao teu carinho e permanecer refém dos teus beijos...
Vim me atrever na escala do teu mundo, invadindo teus sonhos, comprometendo tuas fantasias...
Ah, como é bom sentir ao teu lado, a presença do mar, o cheiro de maresia que me inspira tal paixão...
E correr das ondas,
E caminhar junto,
E te proteger como um escudo...
Fazendo tudo e mais um pouco, para guardar o sempre e não conseguir mais esquecer...
Por isso e por tudo, por tantas outras coisas...
Vim buscar você...
Por Juliana Amorim

Homenagem à Nair



Minha alegria, meu riso, meu encantamento. Sabe o que me dói no peito? O que palpita a minha dor... Calor, emoção, lembranças do que fui, o que tive e o que ainda poderia conquistar, aprender...

Não há mais nada a dizer, textos a decorar, sigo em frente a jornada, sigo a gargalhar... Como era bom o encantar, do humor ao drama, e todas as alegrias que vivi, como uma dama.

Dama do rádio, da TV, de horários nobres ou reapresentações do que fiz, vivi a vida que desejei, como sempre quis, dentro do possível, fui feliz.

Há ainda algo por fazer, numa outra dimensão, onde há também lugar para a emoção, da chegada ao novo lar, minha nova morada.

Lá hei de encontrar àqueles que me foram caros. Meu filho, meus amigos, parceiros de um trabalho árduo e encantador. A experiência me trouxe luz, sabedoria e não me tirou a alegria, mesmo nos momentos de dor.

Quem vive o riso, sabe usufruir o melhor da vida com amor... Que seja agora o recomeço e que eu possa apenas sorrir...

Na memória de quem cultiva o bom do humor, o bom humor! Afinal, Nair rima com sorrir... SAUDADE...

HOMENAGEM À NAIR BELLO

Por Juliana Amorim

segunda-feira, abril 16, 2007

Pausa rotineira...


Resolvi escrever para você novamente...
Vim aqui, dando aquela pausa rotineira, buscando o ar, encontrando a inspiração.
Sinto uma adrenalina no ar...
Talvez a correria me tome por completo e eu me mantenha firme, mas sensibilizada por tudo o que me faz bem... pessoas, músicas, livros, crianças, velhos, palavras e poesias, são algumas delas.
Eu penso, que ficaria por aqui longo tempo.
Escrevendo, desenhando a vida em versos, confiando no prazer de viver e sentir tudo o que me cerca. As emoções são de tamanha grandeza e eu só consigo vivê-las intensamente.
Não quero atrapalhar o seu dia.
Sei que deve estar correndo também, mas imagino, não perdeu o sorriso e nem esqueceu em casa a emoção de despertar mais um dia...
Pessoas podem vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo...
Eu? Posso apenas sentir a sua presença e isso me basta. Intrigante viver assim, mas lembro das coisas que me tornam uma pessoa feliz.
O passado, a família, os amigos, os amores, as coisas que conquistei, os lugares que conheci, as perdas, os sonhos...é bom viver e saber viver é muito melhor...
Ficaria aqui por muito tempo, se eu pudesse fazer você entender que estou sempre perto, mesmo que não pareça, que o sol não brilhe, ou que a chuva venha nos brindar, eu posso estar ao seu lado, em pensamento, em sentimento, em uma lembrança boa...
Fique bem... Tenha um ótimo dia...
Juliana Amorim

Jeito simples e mais fácil de viver...

Na minha coluna de hoje...

Eu sempre imaginei que as coisas simples são as mais fáceis de se compreender.
Entendia que o mundo sem palavras e conseqüentemente sem ações, ficaria desgovernado, sem nexo, sem destino certo, para buscar uma nova inspiração.
Inspiração... palavra movida pelas emoções que um dia sonhamos, fossem possíveis, realizáveis.
Talvez ainda sejam e nós mesmos, impotentes diante de tantas mudanças, nos mantemos adormecidos, distantes do que se é tangível, por medo, preguiça, pavor de sentir dor e enfrentar as coisas de frente, como realmente elas são.
Por sua natureza, o ser humano é cheio de medos, mas adora uma aventura...
Pela própria vaidade, o ser humano invade mundos, vidas, histórias, deixando marcas, escrevendo contos, momentos, conquistas e perdas, que podem parecer irreparáveis se vivermos apenas de saudade e lembranças.
Portanto, vigie agora as suas ações. Não se policie a ponto de deixar viver o ser amado, longe, separado de você.
Lute por aquilo que deseja, pelas coisas aparentemente impossíveis, mas lute com louvor, mesmo que a vitória não lhes chegue às mãos.
Mesmo assim, você se sentirá vitorioso, porque a vitória só vem, para aqueles que nela confiam, clamam e esperam, trabalhando, lutando, acreditando que ela um dia, virá.
Virá também o seu grande amor, a solução para um mal entendido, o esclarecimento das dúvidas, a presença renovada da sorte.
Tudo isso se tornará realmente possível, porque as coisas são mais simples do que nós mesmos acreditamos, elas sejam...
Viva com simplicidade, ame com intensidade, sinta-se capaz e seja feliz...

Juliana Amorim

(arquivo25 de maio de 2005)

terça-feira, abril 10, 2007

Falar do fim...


Coisa estranha falar do fim...
O fim para muitos parece o momento exato para recomeçar...
Compreender que acabou, não nos compete, afinal, pra que dizer nunca mais, basta, acabou para sempre? Nem mesmo nossas vidas acabam por completo!
Mas onde encontrar sensibilidade para perceber as razões do fim, de uma despedida, de um para sempre?
Final de um ciclo, trajetórias, uma retrospectiva de tudo o que vivemos nos perturba e faz pensar...
Será que foi bom? O que não foi possível? Por que partiram? Por que chegaram? Quem não voltou? Quem nunca veio...?
Nos questionamos muito sobre a passagem do tempo, dos anos que o representam , nas passagens da vida, inspirada pelos sonhos que tentamos realizar...
Diante de todo o questionamento do cotidiano há o momento do silêncio. Mas, que silêncio é mais forte que o tempo, ultrapassando limites, superando tudo o que não conseguimos fazer e pelo que não pudemos lutar?
Talvez eu fale hoje do silêncio da morte, que cala a voz – temporariamente - daqueles que marcaram um encontro com a vida. Sim, uma nova vida que os espera agora e lhes “convida”, a seguir em frente.
Sempre lamentamos as perdas nesse momento, quando o tempo anuncia o fim, contrastado pelo início de um novo ciclo, cheio de esperanças renovadas...
Há esperança também nessa passagem... Pensemos juntos: Àqueles a quem amamos, convivemos, conhecemos, partem para uma nova vida.
Indignados, não aceitamos e nos abraçamos com a dor, adormecemos com a saudade, lamentamos o amor perdido...
Mas, será que perdemos? Egoísmo demais pensar que Lá no ALTO, ALGUÉM necessite de quem nos foi caro?
Caros amigos, pensemos no prazer deste convite inusitado!
Estavam precisando de um cantor, um ator ou atriz, um pedreiro para construir uma Obra do Universo!
Buscavam também uma cozinheira, uma arrumadeira, uma senhorinha prendada e cheia de histórias pra contar...
Queriam uma quituteira de mão cheia! Talvez fosse preciso ter um engenheiro, um eletricista, arquiteto, jornalista, padeiro ou um professor para ensinar à todos que agora é chegada a fase de recuperação!
Precisavam de um desenhista para colorir o Céu, um aposentado para ensinar as manhas do carteado e as habilidades de um vovô cheio de experiências, ou mesmo a energia da juventude fosse precisa e exata, para evoluir com a alegria das crianças que não são limitadas a este convite.
O mundo precisa delas e ELE também...
Assim, fica mais fácil perceber que as perdas são apenas um acerto de contas, um compromisso que deve ser cumprido, uma Dádiva Divina que nos é concedida e que mesmo resumindo o tempo, o fim de mais um ciclo, podemos contribuir de todas as formas, mesmo que tenhamos que conviver com a saudade de quem foi chamado para começar uma nova vida, distante daqui, perto do coração, eternamente...
Juliana Amorim – 29/12/2005.

Perfil




Meu nome é...
Juliana, tenho 33 anos, muitos sonhos, muita história pra contar...
Gosto, de livros, boa música, carinho, beijo na boca, abraços, afagos, palavras de amor, flores, surpresas, bom papo, diversão a dois ou em família, velhos, crianças, trabalho intenso, rir, comer doces, pipoca, café, chocolate, cinema, chantily, sorvete, falar muito, pensar muito, escrever demais!

Gosto de poesia, de maresia, frio, por do sol, cair da tarde, dormir junto, acordar junto, fazer amor, cuidar do amor, viver o amor, viajar...
Adoro conversar, contar minhas histórias, revelar o que sinto...
Detesto mentira, falsidade, infidelidade, desonestidade...
Sou autêntica, intensa, sensível, prática, meiga, doce, dura quando preciso, franca quando necessário, verdadeira, sincera, crítica, analítica, permissível, cautelosa, sistemática, bem humorada, piadista, engraçada, pateta, carismática e generosa...
Sou maternal, protetora, companheira, amiga, amante, aberta, ousada, paciente e tolerante, compreendo fácil, choro com facilidade também, penso demais, tenho esperanças, faço planos, tenho idéias, sou criativa, fico brava, me recupero rapidamente de qualquer contrariedade.
Não guardo remorso, respeito o passado, só guardo o que foi bom, enxergo o melhor das pessoas e supero suas falhas, sou confiável, honesta, perspicaz, gosto de chocolate...
Canto e danço muito - as vezes -, escrevo a maior parte do tempo, faço surpresas, adoro presentear, amo poesia e o que ela representa na vida.
Sou alguém que acredita nos outros, confia nos sonhos e está sempre pronta para mudar, evoluir, aprender muito...
Compartilho o que é meu, divido meu espaço, minha comida, abro mão do que não me serve, sou desprendida.
Sou tremendamente apaixonada, amo com muito fervor, sou simples, atenciosa, teimosa, arrojada.
Respeito limites, espaços, tempo...
Acredito no destino e sei que nada é por acaso...
Não tenho medo da dor, só não quero ter que sentí-la...
Tenho fé, acredito no CRIADOR...
Amo o meu semelhante e quero crer num mundo melhor para todos...
Creio na mudança pacífica através dos esforços da humanidade...
Choro pelas perdas mundanas e pelos conflitos...
Desejo uma vida melhor para mim e para todos...
Não perco o encanto, enquanto houver a vida, para mim, há o amor...

Juliana Amorim

Qualquer paisagem...



Obrigada por essa madrugada, cheia de carinho...
Se eu pudesse ficar, mais tempo eu ficaria...
Perto do seu olhar, longe do cansaço...
Ficaria contemplando qualquer paisagem, desde que fosse ao seu lado...
Essa troca mútua de idéias só nos deixa feliz, reconhecendo muitas coisas em comum, nos descobrindo em cada detalhe...
Bom demais ter você, estar ao seu lado e poder me sentir sua, sempre...
Lhe esperar é motivo de tamanha alegria, a mesma que supera a angústia dos dias longos, sem lhe ver... Mas vale a pena!
Lhe quero bem, acima de tudo..!
Grande beijo e um abraço bem gostoso, pra me fazer sua e lhe sentir meu...

Juliana Amorim

sexta-feira, abril 06, 2007

O Sentido Real

"Sem dúvidas uma das mais importantes cenas do novo testamento é a comemoração da última páscoa por Jesus e seus discípulos, a Santa Ceia do Senhor, retratada até hoje por pinturas, poemas e canções.
O relato desta celebração pode ser lido harmonicamente entre os evangelhos mas, qual a real importância deste fato, que de extraordinário ocorreu naquela noite?

Foi durante esta última celebração da páscoa que Jesus declarou que um dentre os apóstolos o trairia, um deles o intregaria para ser morto.
A Santa Ceia ou a Última Páscoa do Senhor mostra qual o real sentido da vida de Jesus Cristo, o filho de Deus.
Jesus declarou que, sendo ele o filho de Deus estava preparado para morrer pelos nossos pecados e ser crucificado por amor a nós..." - Páscoa Você sabe o que é isto?
Assunto: EstudoAutor:
Marcelo AmaralPublicação: June 20, 2005

Por Juliana - Esse artigo relata um pouco do que esquecemos de ver sobre o verdadeiro sentido da Páscoa e sua importância para o mundo em que vivemos, diante de toda a violência, fenômenos naturais, catástrofes, conflitos que nos comovem cada vez mais.
Será que não está faltando alguma coisa?
Se pudermos abrir nosso coração e mente e deixar que os melhores pensamentos de amor ao próximo nos toque, afague com carinho, nos sentiremos unidos por alguns instantes pelo verdadeiro sentido da vida aqui na Terra.
Que haja algo por fazer sempre, mas para nos trazer o bem como ensinamento, não como recompensa...
Que nossas ações tragam também o amor, a caridade, a consolação daqueles que precisam de nós.
Que nossas palavras adocem os ouvidos de quem está buscando um incentivo.
Que nossas mãos entreguem confiança e carinho a quem disso necessite e para quem não precisa, sirva de exemplo para levar aos outros uma nova oportunidade...
Que essas atitudes nos tornem melhor, porque estamos muito longe da perfeição do Cristo, mas estamos bem perto dos seus olhos, ouvidos e de suas ações que sempre nos amparam, sem que ao menos saibamos agradecer pelo ar que respiramos, pelo prazer de despertar mais uma vez...
Pensem nisso, porque eu estou aqui... pensando também...

Juliana Amorim

Outros olhos...


Aprendi a viver com outros olhos no mundo material...
Por essa razão, entendi que deveria ser grata também por todo o bem que me fizeram, por todos os esforços, por todo sentimento que nutriram, os melhores possíveis.
Lamento apenas que, em alguns casos, quando não compreenderam o rítmo da melodia e a tempestade fez as folhas caírem, portas baterem, a ira, o rancor, a mágoa, tenha tirado a alegria de viver a vida, em paz.
É preciso então resgatar e lembrar que há esperança em cada perfume das rosas, na brisa que despenteia nossos cabelos, na água que corre, no pássaro que canta gratuitamente para nos encantar...
Há muito mais em cada um de vocês para oferecer a esse mundão...
Vocês são melhores do que tudo isso... só precisam entender isso...
Não se deixem levar pelo pior da vida, porque o mau que nos causam, não deve tirar o brilho do nosso olhar e nem mesmo a esperança que nos move a continuar seguindo em frente...
Fiquem em paz, tenham cuidado sempre e não percam o juizo!
Juliana Amorim

segunda-feira, abril 02, 2007

Ah, essa menina...


Havia uma menina, linda e doce essa menina!
Menina matreira, menina levada!
Menina da areia, menina danada na madrugada...
E quando o sol se põe, desperta aquecida a tal menina.
O amor que tem? Já se foi...
É novo o dia e a saudade agora é quem lhe guia...
São caminhos e estradas, sentimentos e palavras,
e a noite chega e não termina...
Alegria é pouca para a doce menina!
Juliana Amorim (arquivo - 27/07/2001)

O teu silêncio

Cala o teu silêncio,
rouba a noite que vaga no tempo.
Deixa falar apenas o teu coração,
a tua emoção sem rumo, sem direção.
Fala para o teu grito,
afasta do peito todo o ruído,
e no amor entrega-te ao compromisso.
Do dito pelo não dito, seguindo tudo aquilo que insisto,
por tudo o que desconheço,
implorando sempre o teu apreço.
Não deixe calar o teu silêncio!
Juliana Amorim (arquivo 27/07/2007)

Sem compromisso

Te amo sim, indo e vindo, mas sempre dentro de mim...
Contigo eu vou sem compromisso, sem dor e sem ferir, porque contigo apenas quero ir...
E se te dou a minha mão e o meu abraço é porque te quero, meu amado!
Óh, que solução? Por que tanto não?
Peço à Deus uma luz, ao meu anjo guardião: "Abençoa o meu amor na chegada, me traga a paz nessa madrugada".

Juliana Amorim (arquivo 27/07/2001)

Tenha um espaço para você...


Na vida tudo se torna mais simples quando aprendemos a viver por nós, lembrando que a nossa felicidade não pode ser transferida para o outro. Os momentos felizes que vivemos são contabilizados na memória, embora algumas pessoas, por falta de maturidade, experiência, esclarecimento e por força de suas próprias angústias e frustrações, não conseguem compreender tudo isso. É mais fácil apontar os erros e defeitos nos outros, do que termos a coragem de olharmos para dentro de si mesmos e entender melhor nossas vidas e qual rumo devemos tomar. Seguir em frente é um dever quando parece que tudo está contra nós ou as perdas se tornam concretas, nos forçando a tomar atitudes que antes postergamos. Mas é importante saber que, a verdade não nos pertence e nem tudo o que nos parece um mal é realmente verdadeiro e que os fatos são muitas vezes consequências das nossas atitudes ou falta delas. Ninguém nos pertence e nem devemos querer obssessivamente isso. Nada é eterno, nem mesmo a vida na Terra, será para sempre. Estamos de passagem para aprender e lembrar o que foi bom, não para viver nas sombras da intriga, da absurda tela escondida que só os nossos olhos querem enxergar, nas páginas ocultas da nossa própria escuridão. Talvez por isso, por toda essa pequena visão mesquinha e covarde, tenhamos perdido aquilo que nos foi caro um dia. Pior que perder é insistir no erro de apedrejar sem olhar para si mesmo. Pior que sentir-se traído é traír-se a si mesmo, acreditando que algo vai mudar e que não seremos descobertos na caminhada insistente e sombria. Por uma questão de simples descuido, não havia percebido antes que, meus comentários desta página - para quem a visita - estavam desativados. Como foi possível perceber, remodelei a página, optando por uma nova versão que me permitiu ativar o mesmo. Ai, ai... Como podemos crer na capacidade do ser humano de julgar aquilo que desconhece? Por que devemos nos sentir condenados por algo que a vida nos reservou, pelo livre arbítrio de seguirmos nossas vidas adiante, com quem queremos, indo para onde desejamos, seguindo em frente em paz? A infelicidade alheia não deve nos tocar, porque estamos tranquilos para optar por aquilo que nos é permitido viver, porque queremos, porque temos acima de tudo o direito de viver e ter privacidade. A propósito, não fica difícil saber quem nos dá audiência, quem acompanha nossas vidas... Isso é óbvio e a própria boa composição da escrita denuncia... Sem contar o acesso às ferramentas desse espaço, que sabe ler exatamente o que queremos e precisamos saber, caso haja alguma interferência indesejável... Mas isso não é o que interessa, pouco me preocupa saber o que é certo ou errado, porque vim para esse mundo para construir, evoluir, procurar o meu caminho, errando e acertando, mas amadurecendo cada vez mais, a ponto de compreender que nem sempre isso é possível para todos... Mas há tempo para tudo... Um dia chegará a sua vez, o seu momento, porque o sol brilha para todos, mas precisamos abrir as janelas da vida para ele entrar e iluminar nossos sonhos, desejos, planos, nosso dia e todas as horas que passamos, lado a lado, seja com àqueles que se tornaram amigos ou àqueles que passsaram pelas nossas vidas. Quando soubermos enxergar a vida com amor, com renúncia, com mais alegria e sentimentos, sabendo nos expressar, cativar, incentivar, produzir, seremos o alvo da felicidade. Quando nos tornarmos bons exemplos de dignidade e pureza, poderemos ousar, ao menos imaginar que podemos criticar alguém. É muito fácil julgar os outros, mas é um descuido irônico não perceber que ao fazer isso, estamos esquecendo de olhar no espelho da vida, que mostra sinceramente o que verdadeiramente somos também e o que estamos realmente fazendo com esse tipo de ação. Aqui é um palco para todos, um espaço simples onde registro minhas palavras, algo que eu trouxe nessa encarnação espontaneamente e jamais usufruí disso distorcendo o que é certo, honesto e digno. Não estou isenta de erros, falhas, pecados, mas tenho certeza de que não serei crucificada sozinha... Temos o direito de viver, de escolher, de repensar, de compreender, de errar, de seguir em frente e acima de tudo elevar os pensamentos pedindo que ELE saiba perdoar, porque a mim compete apenas fazer uma outra leitura sobre a vida, afinal de contas as perdas me ensinaram muito e foram muitas, mas hoje eu cresci, mantendo viva a alegria e ninguém tem o direito de impedir que nossas vidas sejam vividas por nós mesmos, como queremos ou merecemos. Coragem! Siga o seu caminho, porque algo muito bom está reservado pra você também.
Ao contrário dos ódios que alimentam, prefiro a paz que consola e enobrece, àqueles que tem algo por viver, aprender, construir. Que nada seja em vão... (faça um blog!)
Juliana Amorim - 02/04/2007

Lembro-me quando vinhas...



Guardo-te em uma caixinha e nessa lembrança pequenina, sou criança e poesia. E em tudo que eu faço, lembro-me quando vinhas...
Traçando caminhos, olhando fotografias.
Tempos de bondade, de saudar como minha a eterna saudade...
Não me perdôo pela ausência e pela liberdade, porque teu amor era tudo o que eu tinha.
Mantenho viva a lembrança, recordando-te numa eterna esperança, de voltar a ser criança e abrir novamente a velha caixinha...


Juliana Amorim -(arquivo de 27/07/2001)