quinta-feira, janeiro 04, 2007

As gratas surpresas da vida...
O sorriso que me encanta é o mesmo que me faz falta. A alegria que me acalenta é a mesma que por vezes, de mim se ausenta... A beleza que de mim exala é a mesma que se cala, nos dias de tempestade... A ternura que perdura é a mesma que cura, as dores causadas pela solidão.
Ah meu amigo, meu abrigo, me dê a tua mão...venha comigo, clareie meus passos, me tire desta escuridão. Faça versos, roube poesias como as rosas no jardim daquela casa, sem abrir o portão!
Saia solto, desgovernado, arraste teu sapato furado e escreva em papel de pão, se não couber todo o verso, continue sobre a palma da mão, mas não perca a inspiração! Sonhe acordado, fique à minha espera, sou a fúria encantada e você a fera pautada, em versos, sobre o dia e a noite no Japão.
Quando acordo penso em vida, mundo gira sem direção. Há tempo para os sonhos, em qualquer lugar eles estão. Realize, sobreviva, não perca nunca a intuição.
Vá em frente, sobe o morro, entre logo no salão. Dance valsa ou arrastado, com o mesmo sapato furado, arraste também a multidão.
Segue solto, o mundo ainda gira, ouça a chuva, lá vem o trovão! Guarde os versos em teu bolso, a caneta leve na mão. Rabisque o mundo com doçura, qualquer partitura toca a vida com emoção.
Sinta a velha melodia do mundo, estás vivo e eu não! Quem te fala ao ouvido é teu anjo guardião...
Juliana Amorim - 04-01-2007.

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