sábado, setembro 19, 2009

DISTANTE DEMAIS...

Distante demais

Estive tão perto de você...
Não percebi, deixei passar o nosso tempo.
Foram apenas alguns dias, algumas horas, mas minha memória assimilou o perfume, a paisagem, os momentos partilhados...
Fiz tudo muito rápido, confesso nem me dei conta que poderia me apaixonar.
Era o teu riso, a tua simples companhia, uma participação, um momento, um instante de luz, para os dias sombrios, que me resguardavam solitária, serem por alguns minutos esquecidos...
O tempo agora é sem você, sem sua imagem querida, sem sua presença intensa, porém rápida demais...
Tão rápida foi a empatia. Tão forte foi o abraço e tão profundo o encantamento, que nem mesmo tive tempo de resgatar você...
Quando percebi, tinha reflexos, imagens guardadas na memória, como flashes de um sonho atrasado, uma história pra contar depois...
E eu conto agora, conto só pra você, mas tenho os olhos do mundo a me observar, a fazer de mim a companheira exata para partilhar o amor, nesse poema roubado de mim, para guardarem em suas lembranças e memórias também...
Eu nem imaginava que te levaria tão longe, comigo tão perto...
E é ausência, é distanciamento...
Nem meus melhores pensamentos consigo enviar com o sopro do vento, porque o verão insiste em manter o sol, o calor do dia...
Mesclo então o calor da emoção de te ter comigo, quando me pego escrevendo, compondo alguma coisa, quando ouço uma voz conhecida ou parecida...
Foi tão rápido, nem sei se realmente lembro de você.
Apenas sinto... E isso me basta...
Juliana Amorim

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