terça-feira, dezembro 12, 2006

CONFIANÇA

Quero olhar nos seus olhos e dizer o que penso, sinto, vivo.Quero pensar que o ontem não foi esquecido, que o hoje não me fugiu das mãos e que o amanhã está de braços abertos para me receber e aceitar, com minhas diferenças, minhas ansiedades e algumas recordações...

Quero entender que, para confiar é preciso encontrar respostas no olhar, na atitude, na aceitação daquilo que tentamos ser, com transparência, sem ferir, sem fazer doer. Dói demais querer me rasgar agora e implorar para ser compreendido o meu sentimento, quase um lamento, me fazendo traduzir na composição dessas palavras solitárias.

Não há mais o que dizer, como lhe convencer, o que fazer, para recuperar o que foi bom, porque amores vem, amores vão e em determinados momentos, não resta espaço para o que parece, foi em vão. É mais fácil despedir-se, despir-se do que foi responsabilidade do coração e da mente, para seguir despojado, em frente, na direção de quem possa mais uma vez iludir... Ilude-se quem pensa, a felicidade está no outro, àquele que desejamos, seja nossa metade...

Metade do que sonhamos não é possivel tornar-se realidade, quando encaramos a vida assim, de maneira ingênua, sem preparar os dias para as frustrações, decepções que comovem, mas não matam. Ao contrário da morte, a decepção tem a simples função de nos despertar e fazer acreditar que ainda há tempo e que para tudo vale o recomeço...

Vale tentar...sempre!

Juliana Amorim - Dez. 2006.


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