Ficar ou partir...
As vezes eu não sei para onde ir, se devo ficar ou partir, se tenho alguma direção, algum lugar para chegar.
Não sei mais se tenho metas a alcançar, se algum objetivo existe para eu conquistar, se alguma coisa de fato mudou em minha vida.
As vezes me sinto só, mais solitária e perdida, mais angustiada e comovida, com os acontecimentos da vida.
As vezes eu quero colo, mas não posso esperar, cobrar, pedir...
Tenho vergonha de insistir, de parecer o que não sou e nem pretendo ser, as vezes eu tenho medo de me perder e não mais encontrar a saída.
Mais que o desespero de sentir-se perdida, é perceber que meu coração ainda bate, cheio de esperança e isso é o que me mantém viva.
Não compreendo algumas coisas, novidades são surpresas boas, que superam algumas feridas, mas elas também me assustam...
Os sons e ruídos que eu ouço, me surpreendem quando eu mais desejo sejam palavras, lembranças, um carinho talvez, seja entregue em sussurros ou através de mãos, cheias de paciência e calma, a mesma que me falta por alguns instantes...
Mas, entendo que devo seguir tranquila, compensando os vazios, tendo ainda alguns sonhos e isso é o que me motiva...
Não posso abandonar a alegria, como um barco a deriva, sem leme, sem rumo, sem direção...
Há em mim algo muito bom e isso deve ser aproveitado de alguma maneira.
Que exista um momento para silenciar e refletir sobre as pequenas coisas, porque delas surgem os grandes feitos da humanidade... e que sejam estes, sempre os melhores!
Juliana Amorim – 16/03/2007
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