quarta-feira, novembro 01, 2006

Não perca a graça...

Quando o tempo se fecha, as janelas batem, a euforia se esquiva dos momentos de felicidade, nada pode ser tão impulsivo, quanto o falso prazer de desfrutar a solidão...Mas é nesse instante que devemos absorver os bons conselhos, exemplos sábios de quem já viveu muito, ter uma visão ampla e serena sobre todas as coisas, sobre os principais fatos vividos...Ouvir os sábios é falar ao coração, aquilo que pode confortá-lo, fazê-lo compreender as diretrizes, os flashes de um passado recente que não resistiu ao tempo...Perde-se a magia quando não conseguimos ouvir o outro e nem mesmo traduzir o que sentimos e assim, nos abatemos...Complexo o texto que lhes escrevo, complexa a solidão de quem partiu...Sente saudade e precisa calar, tem que ir, querendo ficar...dói demais fazer sofrer, porque é sincero o querer bem...Mas algumas angústias trazem o tormento, a vontade de buscar o tempo perdido, a imagem do que não pode ser vivido, o sonho antes desejado e mudado pelo tempo e suas lições...

Traçando uma história dividida, suprindo o desejo de buscar a felicidade onde quer que ela exista, sigo agora, também solitária, um pouco vazia ou melhor dizendo, preparando um espaço novo para novas emoções...sonhos que poderão ser vividos ou revividos se assim tiver que ser o fim de toda a história...A importância de tudo o que se vive é não deixar morrer a criança que existe em cada um de nós e permitir que os olhos vejam em tudo, a graça da vida, a alegria recriada em cada nova oportunidade, sejam aquelas que surjam ou às que nós mesmos buscamos para o nosso bem viver...- Juliana Amorim - novembro de 2006

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